sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dica do Dudu: A Todo Volume (2008)

Há duas semanas, aproximadamente, assisti ao documentário A Todo Volume (It Might Get Loud - 2008, lançado somente esse ano aqui em terras tupiniquins), depois de dois meses na expectativa, desde que li sobre ele em uma revista lá na Cadu Video.
O filme nada mais é do que o encontro dos maiores expoentes da guitarra de suas respectivas décadas de atuação. Ele reúne nada mais, nada menos, que Jimmy Page (Led Zeppelin, representando os anos 70), The Edge (U2, que foi, na minha opinião o sujeito mais fodástico a tirar um som na 6 cordas nos anos 80 e início dos 90), e o jovem Jack White (The White Stripes e The Raconteurs, representando a segunda metade dos 90's e os 2000's, e que, convenhamos, e me apedrejem se não gostarem, é o maior guitarrista dessa nova geração pós-Grunge).
Os caras chegam em carros separados e entram no set de filmagem por portas diferentes, só sabendo quem iriam encontrar e que falariam sobre o nobre instrumento de 6 cordas, a Guitarra, e sobre Rock'n'roll, mas sem saber o que mais poderia acontecer. "Quem sabe a gente não sai na porrada", brinca Jack White ainda no carro a caminho do set.
Quando finalmente se encontram, rola aquela típica adoração mútua, que sempre se dá quando grandes músicos que fizeram, e ainda hoje fazem história se encontram.
Acabamos viajando no tempo, e vemos onde o Led começou a gravar; em que escola que surgiu e que se realizou o primeiro show do U2; descobrimos a paixão do jovem Jack pelo Blues e pelo rústico. Eles ainda nos contam seus segredos para criar novas músicas, e como criaram alguns dos maiores clássicos do Rock, nos apresentam para suas guitarras de estimação e contam suas histórias. E é claro, o que não poderia faltar: um som bacana, que vai desde Jam's até a execução dos seus maiores clássicos (rola até o Jimmy ensinando o The Edge e o Jack como tocar bem certinha Whole Lotta Love, e contando o porque da guita com dois braços em Stairway to Heaven).
É um filme pra quem curte música, pra quem é fã do bom e velho Rock'n'roll e desses dinossauros. Ele expõe toda a paixão pelo instrumento e pelo som, que só quem é músico sabe como é. E, tenho de confessar, quando assisti ao filme, fui tomado por uma euforia incontrolável, tive orgasmos múltiplos, meu coração acelerou ao ve-los tocando juntos.
É muito intenso. É viciante. É a melhor e mais pura das drogas alucinógenas: o Rock'n'roll.

Abraços, kids!
(Eduardo Ruedell)

(http://eduardoruedell.blogspot.com)




4 comentários:

  1. Tudo de bom, quem não gosta de guitarra muda de idéia, quem gosta fica louco. Esse modelo de "documentário - história" tá voltando com força.
    Minha dica de documenta-histórico? OS ELEITOS de Phillip Kaufman.

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  2. Muito bom! Parece que vai ser "só" um encontro de 3 baitas músicos e se torna uma celebração. Só a cara do Jack olhando o Page tocando já traz um monte de coisas de volta.
    Como disse o Renato, nem precisa tocar nada pra gostar, mas precisa conhecer um pouco deste pequeno grande universo. Se não gostar, é porquê nada lhe toca.
    Não, o Luan Santana nem é mensionado.

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  3. Valeu pelos comentários, foram os primeiros em postagens minhas aqui no blog da Cadu, e os primeiros do blog também (e fico feliz que gostaste do texto, Tuta).
    É, realmente nao precisa tocar nada pra gostar, mas tu tens que estar, gostar e viver nesse universo (pelo menos um pouquinho). Pois é, deveriam ter convidado o Luan Santana para o encontro, afinal, ele é um "grande nome da música" hahaha.

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